Vai entender…

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Trilha sonora: Você é doida demais – Lindomar Castilho

Nós, mulheres, costumamos dizer que homem devia vir com manual. Eu concordo em gênero e número “igual”. Nunca vou conseguir entender suas crises de ciúmes inesperadas, seus ataques de raiva e seus surtos carinhosos (o que muitas vezes é mais surpreendente do que a raiva e acaba nos deixando cismadas).        

         Mas acho que seria meio injusto os homens terem manual e as mulheres não. Porque, com o tempo e um pouco de experiência, nós aprendemos a, se não entender, prever as atitudes de um homem. Por mais irracionais que elas sejam, ela têm uma certa lógica. Já com as mulheres as coisas são diferentes. Se ela quer, diz que não quer. Se ela não quer, não diz nada. Se quer e não quer dizer que não quer, acaba dizendo que quer e se arrepende. Quando se decide, fica tensa. Quando não se decide, sabe que no fundo já tinha se decidido há muito tempo. Confuso assim mesmo. Nem nós nos entendemos.

         Isso tudo já é normal no nosso dia-a-dia. Agora, pensem: e quando a famosa TPM chega? É clichê falar dela, né? PORQUE VOCÊ NÃO PASSA POR ISSO! Os homens acham que a TPM se baseia em alguns dias que nós ficamos carentes, vulneráveis e choronas, assistimos filmes tristes e comemos muito chocolate. Amigos, acreditem, não é só isso.

         Estava eu com meu orkut aberto na página principal. Via a felicidade estampada nos rostos dos meus 431 lindos amigos. Mas quando atualizei a página, levei um susto. Eu tinha perdido um amigo. Apertei F5 milhares de vezes sem medo de quebrar o teclado do meu computador. E o orkut não teve dó de mim: 430. 430. 430!

           Eu não tive a menor dúvida. Suspirei e buáááááá. Por que alguém teria me excluído? Por que alguém não queria mais ser meu amigo? E nesse momento consegui ser quase otimista: “Ahh… mas alguém pode ter brigado com o namorado(a) e por isso desfez o orkut”. E a cena se repetiu: suspiro e… buáááááá. “Será que algum amigo meu não está bem e eu nem sei? Que tipo de amiga eu sou?”

         Cinco minutos depois eu ria e chorava ao mesmo tempo. E pra “descontrair” resolvi fazer as contas e ver quanto eu tinha que pagar de gás, luz e por aí vai. Agora imagina uma jornalista fazendo contas. BUÁÁÁÁÁÁ!! “Eu não sei fazer contas! Nem calculadora eu tenho! E esse celular porcaria que acaba a bateria? E tanta gente passando fome e eu reclamando que não tenho calculadora! Ai que saudade do meu pai…”

          Não, isso não é ser vulnerável. Isso é ser ridícula. É perder a noção da realidade. É não ter controle da emoções e do cérebro. É perder o cérebro por alguns dias! Porque todo mundo sabe que o orkut é louco. Todo mundo sabe que eu não sei fazer contas. E o meu pai tem celular! É só ligar pra ele. Mas não… se eu não chorasse por esses motivos, choraria porque não passa mais TV Colosso na Globo. E é nessas horas que eu dou graças a Deus por ser mulher. Porque se eu fosse homem, não suportaria passar um mês inteiro com uma mulher.

outubro 31, 2007. Uncategorized. 4 comentários.

Conversa de ônibus

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 Trilha Sonora: Ary Barroso – Bahia

 – Ai, ficou sabendo que o Jorginho morreu?

 – Sério? Poxa, que pena… A Marilda deve estar sofrendo né. 

– É, coitadinha… Mas isso passa.

– Bom, quando meu pai morreu foi assim também. No começo é chato né, mas ele tava doente, e minha mãe sofreu pra caramba.

– Ah, quando eu perdi meu marido fiquei mal por um tempo, mas acostumei. Às vezes parece que a saudade só aumenta com o tempo, em vez de diminuir… Mas aí passam 5, 6 anos, e de repente você percebe que nem lembra mais.

– Hum, ele era da Bahia também né?

– É verdade, o povo da Bahia tem morrido bastante…

– Ai, credo né. Parece que o pessoal vem da Bahia pra morrer aqui.

???????????????????³³³

outubro 28, 2007. Uncategorized. Deixe um comentário.

Piove, piove! Fa tempo que piove qua!

singin-sized1.jpgTrilha Sonora: Rain Drops Keep Fallin’ on my Head – BJ Thomas 

Diálogo fictício entre Fernando Pessoa e seu heterônimo, Alberto Caeiro:

Pessoa: “A chuva me deixa tão triste…”

Caeiro: “A mim, me deixa molhado”. 

Não sei o motivo de acharem que a chuva traz tristeza. Talvez por lembrar lágrimas caindo do céu… E as lágrimas de alegria? Eu gosto de dias de chuva³. Neste preciso momento em que São Paulo honra o epíteto de Terra da Garoa, resolvi ir por um caminho diferente de Pessoa e Caeiro para fazer o que muitos não fazem: defender a chuva. 

Um dia de chuva traz uma sensação difícil de se explicar… o ar fica com um cheiro fresco de “chuva”, as flores ficam delicadas com as pequenas gotas que as enfeitam como um colar de diamante, as pessoas se aproximam mais, na tentativa de se esquentar, de dividir a sombrinha, a folha de jornal, o guarda-chuva. Ahh os guarda-chuvas! 

Grandes, pequenos, retráteis, compridos! O preto, o vermelho, o azul, o transparente, o florido, o xadrez, o com bolinhas! Vista de cima, a multidão protegida da chuva forma um mosaico em constante metamorfose, vira um perfeito caleidoscópio para quem os olha de algum sétimo andar…Asas à imaginação daquele que observa de cima! 

E quem está embaixo também não sai perdendo. Admira de camarote a dança daqueles que desviam das poças e dos que, desprotegidos, correm à procura de uma marquise. Não precisa ver Cantando na Chuva. A cidade ganha vários “Gene Kelly” sem ensaio, sem coreografia e sem pretensão. É, a cidade ganha um clima de musical dos anos 50. 

Taí. Chuva traz uma pontinha gostosa de saudosismo, de saudade, que não sei explicar de onde vem. Por outro lado, também traz uma sensação de novidade, de que tudo está sendo lavado para começar de novo. A chuva lava a tela do céu que pinta o arco-íris. Nada mais poético e sentimental do que um dia de chuva. 

Dia de chuva ainda é um dia cinza e triste para você?  Talvez, mas reflita. No momento, com certeza só posso citar Rogério Skylab: “O pensamento voa por entre as gotas dessa chuva que ressoa”.

Bom dia de chuva para vocês!

outubro 24, 2007. Uncategorized. Deixe um comentário.

Unidos venceremos o Inconsciente do mal (ou não)

inconsciente.jpgTrilha Sonora: Inconsciente Inconseqüente – Nitroh 

Inconsciente. No dicionário, é uma parte recalcada da psique que aflora apenas em sonho, surto etc. Para o Cubicularis, o inconsciente é traiçoeiro. Já reparou quantas vezes você fez algo que não queria porque por alguns segundos ouviu uma voz interior dizendo: “Por que não? Vá, faça!”? Ou então quando você fala o que não deve e só percebe depois a burrada que cometeu? E isso tudo é culpa de quem? Dele mesmo, do nosso inconsciente!

Eles funcionam como aqueles diabinhos que muitas vezes surgem em desenhos ou histórias em quadrinhos que ficam colocando idéias más e tentadoras na sua cabeça e se a consciência – o anjinho – não aparecer para controlar e equilibrar a situação, já era! A besteira está feita. E não adianta jogar a desculpa de que você só fez o que fez por causa do inconsciente. Ninguém, ninguém mesmo, vai acreditar!

Agora cabe a pergunta: Por que temos um “processo mental” (segundo a neurologia contemporânea) tão sacana? Será para complicar ainda mais as nossas vidas quando já temos problemas sufientes para nos preocupar? Para provar que nós somos fracos a ponto de nos deixar levar pelo que ele fala? O motivo nem Freud saberia explicar. Talvez depois de uma longa pesquisa, encontraríamos um resultado. Mas sobra tempo em meio a tantos afazeres da vida acadêmica e pessoal?

Inconsciente, você é ruim³! Você faz a gente falar o que não queria, beber o que não podia, beijar quem não devia…Poxa, o que mais você quer de nós? Poderíamos organizar uma greve e não seguir os conselhos dados por ele. Mas ele é poderoso. Ele toma conta das nossas mentes antes que tomemos outra atitude. E nem o Chapolin Colorado poderia nos defender! (Quem sabe Chuck Norris?)

Como podemos reclamar de pessoas que não são tão agradáveis com a gente se temos dentro de nós “uma entidade” que só puxa o nosso tapete? Tudo seria mais fácil se, assim como sugeriu JD de Scrubs, tivéssemos alguém para nos alertar antes de cometer algo que podemos do qual podemos nos arrepender para sempre – no caso, um tenor que gritaria “Mistaaake!”.

Vítimas do inconsciente, uni-vos!

outubro 23, 2007. Uncategorized. 2 comentários.

O professor, a criança e a maçã

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Trilha Sonora: Molejo – Brincadeira de Criança 

Dia dos Professores, legal.

Um bando de colégios não tem aula, várias faculdades também não (claro que a faculdade do trio de quatro moças que postam nessa coisa teve, que dúvida). 

De qualquer jeito, deu saudade dos tempos de primário. Aquela coisa toda tão gibi-da-Turma-da-Mônica de levar maçãzinha pra “tia” (não que eu fizesse isso) e comprar presente pras mais chegadas. Tudo bem que eu nunca fui uma expert das atitudes carinhosas em relação a docentes. Maaaas quem se importa? Era legal ver os amiguinhos todos indo lá, dando beijo e abraço nos professores e todos recebendo agradecimentos carinhosos e tudo. Bom, de vez em quando minha mãe comprava um presente pra alguma “tia” que ela gostasse mais, e me mandava entregar.

De qualquer forma, dá saudade. Daquela época em que a gente realmente se importava quando tinha quatro páginas de lição de casa e achava um absurdo, de quando a gente aprendia continhas de menos com números de três algarismos e se achava o máximo por saber resolver o exercício na lousa. E de quando não tínhamos trabalhos homéricos pra entregar em uma semana, nem coisas complicadas pra fazer, nem responsabilidades, e muito menos pressão pra arranjar emprego.

Tá certo que faltava muita coisa que a gente tem hoje… Liberdade pra sair, viver por você mesmo, ir pra lugares sozinho, dirigir (uhuu) e tal. Mas no fundo não é tão bom quanto antes. E pior é que juntou o dia de hoje com o climinha de Dia das Crianças que passou… E aí eu percebo porque a gente quer a todo custo evitar crescer, e porque Peter Pan faz tanto sucesso.

Tão mais cômodo, fácil e descomplicado ser criança. E aproveitar pra ganhar presente no Dia das Crianças e não ter aula no Dia dos Professores e além de tudo não ter um monte de responsabilidade (falou A adulta né).

E assim como cantava a Turma da Mônica no teatrinho do Parque… “Ser criança é bom… Ser criança faz bem…”!!

outubro 15, 2007. Uncategorized. 1 comentário.

Quem quer ir ao banheiro?

banheiro_fernando2.jpg  Trilha sonora: Banheiro – Made in Brazil 

Muita gente indaga o motivo de as mulheres passarem tanto tempo no banheiro. Não só os minutos que ali são gastados, por qual razão elas nunca vão sozinha ao toalete? Pode ser em jantares, em festas, no trabalho ou até na escola/faculdade. Não importa onde estiver, as moçoilas sempre chamam a amiga mais próxima e dizem: “Vamos comigo ao banheiro?”.  Mas até mesmo as representantes do sexo feminino devem se perguntar porque precisam tanto de uma companhia nessas horas.

 É lá que elas deixam escorrer o veneno. Frases como: “Você viu como a fulana está gorda?” ou “Nossa, aquela roupa não caiu bem nela” com certeza serão escutadas. Em relação aos homens, comentários também são feitos. Se a mulher é comprometida, aproveita para falar sobre algum episódio marcante. Mas, se ela estiver solteira, deve muito provavelmente contar à amiga que aquele cara da mesa ao lado está a fim. E claro, fofocas importantíssimas são reveladas onde? Isso mesmo, no lavatório.

         E já que há grandes espelhos no banheiro, é hora de ficar linda. As mulheres logo sacam o rímel, o lápis e o gloss e retocam a maquiagem. Elas também passarão a mão pelo cabelo e perguntarão se ele está bonito. A amiga vai dizer que está lindíssimo e logo saberá que nele foi feita uma escova ma-ra-vi-lho-sa.

         Agora é hora de sair do pequeno espaço e voltar para o encontro do resto dos amigos. Só que isso não responde a nossa pergunta. Por que as mulheres passam tanto tempo e necessitam de uma companhia quando vai ao toatelete? Bom, não cheguei a uma conclusão precisa e acho que nem os pesquisadores conseguirão achar uma resposta científica. Mas após pensar bastante, encontrei uma explicação que talvez esclareça a questão.

         O banheiro é uma espécie de confessionário. É, tipo aquele do Big Brother mesmo. Aqui as mulheres podem contar, sem medo, tudo que pensam sobre qualquer assunto. Mas, além desse motivo, é lá que elas se sentem poderosas. As outras estão gordas e com roupas feias. Os homens estão a fim. O cabelo está divino e a maquiagem impecável.

          Deste modo, quem não adoraria passar horas no banheiro?     

outubro 11, 2007. Uncategorized. 3 comentários.

Mes-versário cubicular!

aniversario.jpgTrilha sonora: Birthday – The Beatles

Hoje o nosso querido Cubicularis faz 1 mês de vida – um mês!!Quem achava que ele iria durar com posts quase diários levanta a mão! Eu não levanto, nem eu acreditava! Que este dia seja comemorado com tudo o que tem direito! 

Falando nisso, eu e uma amiga estávamos conversando sobre festa de aniversário. Acho que é unanimidade afirmar que festa boa é festa de criança. Depois que a gente cresce as coisas perdem a magia, perdem a graça.  

De um salão cheio de bexigas coloridas passamos a qualquer lugar à meia-luz decidido na última hora. Os convites que antes eram cuidadosamente escolhidos com a cara do Mickey agora são feitos secamente por e-mail ou Orkut. Trocamos por coquetéis e torradinhas chochas com patê os tão antes adorados refrigerantes e salgadinhos. Nossa, os salgadinhos merecem um parágrafo à parte. 

Nessa discussão com a minha amiga chegamos à conclusão de que a coxinha é a rainha da festa. Ninguém a supera. Humm, talvez a bolinha de queijo, mas já que esta não aparece em todas as festas, vamos coroar a coxinha mesmo. A empada então, é um dos salgados mais complexos, tem que ter sorte pra achar uma realmente boa, que não esfarela na primeira mordida. Já a barquete foi eleita o salgado mais broxante – entre risoles, esfihas e pizzas enroladas (que o “povo da cidade grande” perde em não conhecer), é certo que no prato vai sobrar aquele barquinho comestível sem graça. Ele perde até pro kibe seco, reparem! E o brigadeiro então? A mãe desta amiga chegou a dizer “filha, festa de 20 anos não tem mais brigadeiro”. Que heresia³! Brigadeiro não tem idade. 

Nas festas de criança você pode se comportar como tal independente da idade. Você ri com o palhaço – se bem que na maioria das vezes você ri do palhaço, mas enfim… você não precisa bancar o sério cult. Você pode brincar no fliperama que um monte de gente vai se convidar pra brincar junto. Você pode, também, roubar vários docinhos da mesa do bolo antes da hora que ninguém vai te julgar, se é que vão dar por falta.  

Nas festas de criança ninguém sai fedendo a cigarro. No máximo sai com cheiro de guaraná que alguém derrubou em você. Você também não precisa passar horas inventando o look perfeito, afinal… é festa de criança. 

É assim que queremos comemorar este um mês de vida com os poucos, porém fiéis leitores – as 488 visitas no contador não apareceram sozinhas! Sinta-se em casa, pode tirar os sapatos, sirva-se à vontade. Tem coca-cola ali no canto, se quiser. Cantando o clássico “parabéns, hoje é o seu dia, que dia mais feliz!”, o nosso maior presente é a sua presença!

outubro 10, 2007. Uncategorized. Deixe um comentário.

Não tem sentido não.

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Trilha Sonora: O que é o que é – Gonzaguinha 

Tudo bem que eu sentei aqui pra escrever um post sobre o sentido da vida. Do tipo “De onde viemos, para onde vamos, qual a nossa missão nesse mundo?”. Mas depois de uma tarde inteira jogando Guitar Hero no computador – em outras palavras, me alienando³ do mundo ao meu redor –, cheguei à conclusão de que, bom, não faz muita diferença na verdade. Isso tudo de “De onde viemos, para onde vamos?”. Afinal, clichê-mor, mas verdadeiro, dessa vida nada se leva.

E sabe como é, se a gente pode perder tardes inteiras que poderiam ter sido muito mais produtivas simplesmente babando num joguinho de “acerte a cor no momento ideal” e pintando as unhas de roxo (finalmente!), qual a importância da nossa “missão na Terra”? (Se é que realmente temos alguma, é claro).

Se a gente fosse se preocupar com isso, não faria mais nada. Só pra saber, o que é que você está fazendo sentado aí na frente dessa tela de computador lendo um monte de baboseiras cubiculantes, ao invés de ir descobrir qual é – e cumprir – sua importante missão na existência humana? 

Concordo que todo mundo tem que ter seus momentos de reflexão profunda e séria, a respeito do que está fazendo por aqui e coisas do gênero. Mas pensando bem, esses momentos são tão “hora de dormir” ou “aula chata em que é melhor ocupar a cabeça pra não adormecer”, que a gente acaba nem dando importância. Vai dizer que não é muito melhor deixar tudo pra lá e viver a vida como se não houvesse amanhã? (Pouco plágio essa daqui). Viver, cantar e ser feliz, uhul!

Quem é que precisa saber de missão, destino, origem, sentido? Se a gente aproveitar a vida nas pequenas coisas (e, acreditem, é possível e fácil de ser feito), não vai nem lembrar que não sabe de onde veio. Sábio foi Richard Bach quando escreveu: “Eis aqui um teste para verificar se a sua missão na Terra está cumprida: Se você está vivo, não está”. Logo, concluo que a gente não vai descobrir qual era a tal da missão afinal. Vai acabar cumprindo sem nem se dar conta.

E eis que o post termina (quase) sem a resposta. Qual é o sentido da vida?

Não tem sentido não, gente. No fim das contas, cada um dá pra sua vida o rumo que quer.

outubro 6, 2007. Uncategorized. 2 comentários.

Reflexões filosóficas vinte-e-cinco-de-marcianas

biju.jpg  Trilha sonora: Outubro – Suetters 

   Local: A famosa e amada pelas mulheres Rua 25 de março – São Paulo. 

Multidão. Gritaria. Empurra-empurra. Trombadas. Nenhum pedido de desculpa.

Olha o papa-bolinha. Olha o Homem Aranha que sobe sobe e desce desce. Olha o massageador de costas. Bijuteria tem no andar de cima também. Quantos CDs por 10 reais mesmo? Aonde a boneca Barbie é mais barata? 

Have you ever seen the rain? I will survive. You give me something. Have you ever seen the rain? When a man loves a woman. Have you ever seen the rain³? 

Brincos a 3 reais. Anéis por 60 centavos. 100 prendedores de cabelo por 5 reais. Aqui é só atacado, mínimo de 200 reais. Ali também, mas se quiser tem a varejo.

Plumas de todas as cores. Máscaras de monstros. Calcinha com estampa camuflada. Alça de sutiã com borboletas de plástico. Glitter, strass, lantejoula, purpurina, miçanga, botão, barrado, agulha, cortador de biscoito, ralador de cenoura, peruca, aplique. 

Brinquedos e mais brinquedos com 35% de desconto. Abóboras de plástico, pequenas bruxas. Árvores de Natal e mini Papais-Noéis. 

Peraí. Desde quando o Dia das Crianças, o Dia das Bruxas e o Natal – Natal!! – estão todos embolados? Não é deprimente quando já não basta você perceber que “meu Deus, já estamos em outubro” e ainda querem jogar na sua cara que o fim do ano está batendo à nossa porta? 

Bolas coloridas, bolas transparentes com desenhos, anjinhos, arranjos de mesa, pisca-pisca, boneco de neve…(Nem vou entrar no mérito do boneco de neve em pleno verão brasileiro pra não pegar pesado na crítica) 

Quatro de outubro e já senti um 2008 bebê me cutucando. O mundo está girando tão rápido que vou acabar enjoando! Dá pra apertar um pause nesse jogo? Não…? Hum…tem walkthrough? Não? Poxa. 

Quer saber? Nessas horas é melhor esquecer essas neuras, aliviar a cabeça, distrair, ver coisa nova.

Humm acho que vou passear lá na 25… quem me acompanha?

outubro 4, 2007. Uncategorized. Deixe um comentário.

Homens são burros e mulheres são bobas

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Trilha Sonora: Meninos e Meninas- Balão Mágico

Nos primeiros anos da escola, os meninos odeiam as meninas e vice-versa. Quando a professora anuncia uma atividade mista, logo se escutam os gritos e as reclamações. Os garotos são nojentos enquanto as garotas são chatas. Mas a situação passa a tomar outro rumo com o tempo e pensar em se misturar com o sexo oposto parece não ser tão assustador assim.

E é nessa hora que alguns pontos merecem atenção. Meninos e meninas podem pensar que são diferentes, mas ambos passam pelas mesmas transformações durante a vida e terminam da mesma forma.

   

Nas baladas, é possível observar uma típica situação. Todo menino que se preze tem a sua fase “pegador”. Por isso, aproxima-se do maior número de mulheres que conseguir durante a noite. Começa perguntando o nome e a idade e já emenda questionando se vai rolar alguma outra coisa além do papo. O que a maioria dos homens não sabe, no entanto, é que a mulher já reparou nele antes e já decidiu se vai ou não dar uma chance. Ele é burro – no bom sentido, claro – porque joga a mesma conversa com todas e acha que funciona, quando na verdade a decisão inicial foi dela. Apesar disto, quem se lembra com perfeição da cantada é a garota, que conta para todas as amigas enquanto o garoto mal se lembra de ter falado com ela.

As mulheres são bobas porque só de ver um homem cozinhando ou cuidando dos filhos (ou qualquer criança em geral), já se derrete sem nem conhecê-lo bem. Enquanto isso, eles só pensam se a fulana é gostosa ou não e passam o dia falando pros amigos que “já pegou” mais de cem meninas só pra ficar com a fama de galinha, que pra eles é uma coisa muito boa. Ela diz “não”, mas só de ouvir uma palavra bonitinha, pára pra pensar se vale mesmo a pena. Ele não muda de opinião quando escuta alguma coisa bela e fica o tempo todo esperando o momento certo para começar a parte prática do encontro.

Tem que diga que homens são de Marte e mulheres de Vênus, que eles fazem sexo enquanto elas fazem amor, que futebol e novela são duas coisas que não podem ser misturadas e pertencem, respectivamente, ao universo masculino e feminino. Mas a verdade mesmo já foi dita uma vez por Leoni, em sua clássica Garotos: “Garotos sempre tão espertos, perto de uma mulher são só garotos”.

outubro 3, 2007. Uncategorized. 6 comentários.